Sedeprivacionismo é uma escola teológica no seio do movimento tradicionalista católico que segue os princípios do falecido teólogo e matemático dominicano Michel-Louis-Guérard des Lauriers — conhecido principalmente pela atuação na declaração do dogma da Assunção de Maria pelo Papa Pio XII e autoria do Breve Exame Crítico do Novus Ordo Missæ apresentado pelos cardeais Ottaviani e Bacci no Segundo Concílio Ecumênico do Vaticano — conforme expostos em sua tese teológica, dita de Cassiciacum, que trata da situação da Igreja Católica após o Concílio Vaticano II. Foi disponibilizada pela primeira vez em uma versão mais restrita, consistindo de 18 páginas datilografadas datadas da Páscoa de 6 de março de 1978, e então publicada no N.° 1 da revista Cahiers de Cassiciacum (em português Caderno de Cassicíaco) em maio de 1979.[1][2]
A tese afirma que, embora o atual ocupante da Cátedra de Pedro esteja em posse duma eleição válida, logo papa materialiter, ele não goza de autoridade para ensinar ou governar, a menos que se retrate das mudanças introduzidas no catolicismo. Trata-se então dum papa em potencial, alguém que ainda não alcançou a plenitude do Papado. Se se exige, no entanto, uma resposta limitada a sim ou não, então diz-se que não é papa: o nome do papa-eleito (dito papa de maneira simpliciter), portanto, não deve ser mencionado no cânone da missa (non una cum).[3] Assim, o sedeprivacionismo pode ser caracterizado como uma forma de sedevacantismo.[4][5]
A posição é difundida por alguns grupos católicos tradicionalistas, como o Instituto Mater Boni Consilii (Istituto Mater Boni Consilii, IMBC), o Instituto Católico Romano (Roman Catholic Institute, RCI) e os beneditinos do Priorado de Notre Dame de Bethléem em Faverney, França.[6][7][8]
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